domingo, 20 de julho de 2014

Águia do Vale perde na estreia da Copa Paulista


     O São José visitou o Grêmio Osasco na manhã deste domingo e foi derrotado por 3x0. O resultado deixou a equipe do Vale do Paraíba na lanterna do grupo e trouxe de volta os fantasmas do primeiro semestre, logo na rodada inicial.
     Repleto de caras novas, a equipe joseense pisou no gramado do estádio José Liberatti almejando iniciar a competição com uma vitória para apagar a péssima imagem deixada na campanha da Série A2, que ocasionou o vexatório rebaixamento para a terceira divisão paulista. No entanto, o que se viu foi a repetição de alguns dos erros que se tornaram triviais no primeiro semestre, com destaque para as falhas do setor defensivo em jogadas aéreas.

     O jogo

     O embate teve um início frio, amarrado, com escassas chegadas ao ataque. Nos primeiros 15 minutos as equipes apenas tocaram a bola, sem muita objetividade, porém os anfitriões se mostraram superiores desde o início. E a superioridade se transformou em gol aos 17 minutos, quando Diego Oliveira recebeu um cruzamento de Samoel que a zaga não cortou e, com muita tranquilidade, mandou para o fundo das redes: 1x0 no placar.
     Após o gol, o Grêmio Osasco recuou a marcação, dando mais espaço para o São José. No entanto, os joseenses criaram pouco, com raras descidas ao ataque, geralmente pela esquerda, sem muita consistência. Tanto que quem chegou com perigo novamente foi a equipe osasquense, com uma bola cruzada de Murilo, aos 27, que Goiano afastou de cabeça.
     Somente aos 32 a Águia teve a primeira chance. Goiano cobrou falta alçando a bola na área e o zagueiro Peterson tirou o perigo. Pouco tempo depois, aos 34, nova cobrança de falta para o São José. Novamente Goiano foi para a batida, jogando a bola na marca do pênalti, porém o goleiro Jeferson Romário saiu de soco, na dividida com o atacante Peu, jogando a pelota para longe da área.
     Nos minutos finais a partida voltou a ficar amarrada, tal como no início do embate. Aos 42 o último ataque digno de menção foi dos anfitriões, quando Samoel entrou na área, porém a jogada foi cortada por Goiano. Fim de primeiro tempo: Grêmio Osasco 1x0 São José.
     A etapa complementar começou mais movimentada e a primeira chance de gol surgiu logo aos 2 minutos. Após cobrança de escanteio, Peterson quase ampliou para o GEO, de cabeça, mas a bola foi para fora, rente ao poste direito de Alex Graciani.
     Aos 4, Diego Oliveira girou sobre a marcação joseense e encheu o pé, porém a bola subiu muito e passou por cima do travessão. A resposta da Águia veio no minuto seguinte, aos 5, com Cláudio Bala, mas o chute explodiu na zaga osasquense. 
     Quando o relógio marcava 14 minutos do segundo tempo, o camisa 9 dos donos da casa, Murilo, cruzou para o baixinho Samoel, que em meio aos zagueiros grandalhões da Águia, cabeceou, cara a cara com o goleiro Alex, que espalmou, fazendo uma bela defesa. Para não ficar atrás no quesito "ataque aéreo", o São José respondeu na mesma moeda, aos 19, porém não com a mesma qualidade. Goiano bateu o escanteio, Célio cabeceou fraco e Jeferson Romário defendeu tranquilamente.
     Os joseenses começaram a crescer na partida e, aos 21, Luan Santana levantou bola perigosa na área dos anfitriões, mas Rubens afastou. Logo em seguida, aos 23, nova descida ao ataque. Após jogada de Cláudio Bala, Célio ficou com a pelota e tentou um cruzamento na área, porém pegou mal na bola e apenas recuou para o arqueiro osasquense.
     E como diz o ditado: "quem não faz, toma". Aos 25 veio o balde de água fria. Em uma triangulação que se iniciou na meia-lua, Henrique tocou para José Gabriel que devolveu para Henrique, na cara do gol, ampliar o placar: 2x0. 
     Após o segundo tento anotado, a partida já parecia definida. Ainda assim, Diego Oliveira teve nova oportunidade, aos 38, mas chutou por cima do gol de Alex Graciani. Só que o camisa 11 não desistiu e, mesmo com a vitória já garantida, Diego Oliveira voltou a perturbar os defensores da Águia, aos 40. Dessa vez o matador dominou na área, esperou a saída do arqueiro joseense e tocou no canto esquerdo baixo para fechar o caixão: Grêmio Osasco 3x0 São José. Fim de jogo, resultado merecido. Venceu quem procurou mais o ataque e demonstrou mais tranquilidade e entrosamento.

     Ficha técnica

     Grêmio Osasco 3x0 São José
     Data: 20 de julho de 2014 - Horário: 10:00
     Local: Estádio Municipal Prefeito José Liberatti, Osasco

     Árbitro: José Cláudio Calógero
     Assistente 1: Mauro André de Freitas
     Assistente 2: Eduardo de Souza Neto
     Quarto árbitro: Lucas Martins Mola e Dias

     Grêmio Osasco: Jeferson Romário; Vitor Jacomini (Eduardo), Peterson, Jeferson Siqueira e Adriano; José Gabriel (Gabriel Vieira), Rubens, Henrique e Murilo; Samoel (Denis) e Diego Oliveira. Técnico: Vinicius Munhoz. 
     São José: Alex Graciani; Gustavo Sergio, Rodrigão e Misael; Goiano, Danilo (Luan Santana), Samuel (Eronildo Lek Lek), Cláudio Bala e Paulo Henrique; Peu (Célio) e Rodrigo Hote.Técnico: Jurandir Fatori.


     Classificação, resultados e próximo compromisso

     Com o revés, o São José ficou na 8ª e última colocação do grupo, amargando a tão temida, porém já conhecida lanterna, companheira frequente em 2014. O consolo é que seu maior rival, o Taubaté, também perdeu na estreia, todavia a Águia do Vale teve pior saldo de gols (3 negativos, contra 2 do Burro da Central). 


     Todas as outras partidas do Grupo 3 também foram realizadas neste fim de semana. Acompanhe os resultados dos futuros adversários da Águia do Vale na primeira fase do certame: Santo André 0x0 Juventus (19/07), Taubaté 1x3 São Bento e Atlético Sorocaba 1x1 São Bernardo (20/07). 
      O próximo compromisso do São José Esporte Clube será no dia 27, domingo, às 10 horas, no Martins Pereira, contra o Santo André. A partida marcará a reinauguração da casa da Águia e promete ser uma grande festa, pois coincidirá com o aniversário da cidade de São José dos Campos. No entanto, a festa que a torcida deseja é a comemoração, após o apito final, da primeira vitória joseense na Copa Paulista.

ANDRÉ CASTANHARE

sábado, 19 de julho de 2014

Grêmio Osasco x São José - Histórico de confrontos


     Finalmente o São José Esporte Clube voltará a disputar uma partida oficial, após 98 dias de ausência dos gramados. Amanhã, 20, a Águia do Vale visitará o Grêmio Osasco, na estreia da Copa Paulista, às 10 horas, no estádio José Liberatti.
     Após a reformulação do elenco devido à queda na Série A2 e mudanças administrativas, além da ansiedade, há também um clima de suspense no ar. Grande parte dos jogadores são desconhecidos da torcida e não se sabe quais atletas inciarão a partida de amanhã. Os remanescentes do último Campeonato Paulista são os meias Lek Lek e Luan Santana, o zagueiro Rodrigão e o técnico Jurandir Fatori. Jura, aliás, comandou a equipe no duelo entre Águia e Gladiador no primeiro semestre e, dos três atletas mencionados, apenas Rodrigão não esteve em campo.
     Falando nisso, o primeiro adversário do segundo semestre traz a única boa recordação em meio aos inúmeros pesadelos vivenciados na primeira metade do ano. Isto porque o São José conseguiu apenas 1 vitória em 19 jogos pela Série A2, justamente contra o Grêmio Osasco, por 2x1. Naquela ocasião, o jogo foi válido pela 8ª rodada e aconteceu no estádio Stavros Papadopoulos, em Jacareí. Hoje a história é outra, o campeonato também e o estádio idem, porém todo retrospecto positivo é um estímulo a mais para o elenco e para a torcida. 


     E já que o retrospecto foi mencionado, outro ponto a favor dos joseenses é que a Águia leva vantagem no curto histórico de confrontos entre os clubes, com uma vitória a mais sobre o adversário da vez. Além disso, a última derrota do São José para o Grêmio Osasco aconteceu em 2009, ou seja, há uma invencibilidade de 5 anos a ser defendida. Acompanhe, abaixo, a história dos embates, jogo a jogo.

09 jogos

03 vitórias do São José
02 vitórias do Grêmio Osasco
04 empates
10 gols da Águia
11 gols do Gladiador

09/08/2009 – SÃO JOSÉ 1x2 Grêmio Osasco (Copa Paulista)
20/09/2009 – Grêmio Osasco 4x1 SÃO JOSÉ (Copa Paulista)
14/03/2010 – SÃO JOSÉ 1x0 Grêmio Osasco (Paulista Série A2)
30/07/2011 – SÃO JOSÉ 1x1 Grêmio Osasco (Copa Paulista)
11/09/2011 – Grêmio Osasco 1x1 SÃO JOSÉ (Copa Paulista)
29/07/2012 – SÃO JOSÉ 2x1 Grêmio Osasco (Copa Paulista)
02/09/2012 – Grêmio Osasco 0x0 SÃO JOSÉ (Copa Paulista)
24/02/2013 – Grêmio Osasco 1x1 SÃO JOSÉ (Paulista Série A2)
19/02/2014  SÃO JOSÉ 2x1 Grêmio Osasco (Paulista Série A2)

     Para os torcedores que se interessam por análises de partidas e gostam de comparar o contexto do último jogo com a situação atual, é possível acompanhar a cobertura feita pelo blog Intrinsecamente São José do último duelo entre as duas agremiações. Para isso, basta acessar o link abaixo.
http://intrinsecamentesaojose.blogspot.com.br/2014/02/aguia-vence-primeira-e-ja-esta-invicta.html


     Transmissão do jogo

      Os joseenses que estiverem impossibilitados de acompanhar no estádio a estreia da Águia podem ouvir a transmissão pela Rádio Piratininga. Segue o link:
www.radiopiratininga.com.br/frame.php?r=750

Texto e fotos: ANDRÉ CASTANHARE

O retorno do blog e o retorno da Águia


     Estimados torcedores da Águia do Vale, devotos do São José Esporte Clube, o blog Intrinsecamente São José está de volta! Os que já leram os artigos aqui postados sabem que acompanhamos a nossa querida Águia jogo a jogo em 2014, de janeiro a abril, na excruciante campanha que levou o maior time do Vale do Paraíba ao abismo da terceira divisão. 
     Com o término da Série A2, foi proposto um trabalho com inúmeros artigos históricos, o qual foi apenas parcialmente cumprido, infelizmente. Devido a inumeráveis óbices, apenas quatro matérias sobre a história do clube foram produzidas, entre abril e maio, das dezenas que estavam previstas. Diante de tal situação, o blog Intrinsecamente São José está em dívida com os leitores, por isso aproveito esse retorno para pedir sinceras desculpas.
     Sem prometer datas, serão providenciadas, na medida do possível, todas as matérias as quais haviam sido planejadas, com o mesmo carinho que sempre foi dedicado ao clube. Aproveito para relembrar (leitores antigos) e evidenciar (novos leitores) que esse blog não acompanha o dia a dia do São José, mas sim o jogo a jogo. 
     Tal como foi feito nas 63 postagens anteriores, desde o surgimento desse site, a partir de agora a cobertura apaixonada está de volta. Não faltará amor ao São José e, juntos, vamos voar com a Águia batalha a batalha, almejando o retorno aos tempos dourados, pois tradição nós temos de sobra, e as conquistas da nossa história gloriosa são marcas indeléveis. Preparem-se, pois a Águia está pronta para deixar novas marcas com suas garras.

     A Copa de verdade vai começar

     Após o término da Copa do Mundo, entra em cena a Copa Paulista. Apesar de ser um torneio de baixo investimento, pouca visibilidade e preterido por alguns clubes, o torcedor joseense está ansioso para ver novamente o time em campo. Foram quase cem dias sem a Águia! A última partida ocorreu no dia 12 de abril, em Bragança Paulista, quando o time se despediu de forma lôbrega da Série A2, diante do Batatais, perdendo por 2x0. 


     Hoje faz 98 dias que o torcedor não vê o São José Esporte Clube disputando uma partida oficial, todavia, amanhã, dia 20 de julho, tal abstinência se encerrará. A Águia do Vale pisará no gramado do estádio José Liberatti para enfrentar os donos da casa, o Grêmio Osasco, às 10 horas da manhã. 
     E a torcida joseense tem motivos de sobra para acompanhar o time, em especial, três. Primeiramente, o simples fato de ser o São José em campo. Em segundo lugar, mesmo com todo o descaso relacionado à competição, é importante salientar que o campeão da Copa Paulista garante vaga na Copa do Brasil de 2015, ou seja, é uma boa oportunidade para a Águia figurar novamente em um torneio nacional. E se isso ainda não for convincente, segue o terceiro motivo: o Clássico do Vale voltará a ser disputado, pois nosso maior rival, o Taubaté, está na mesma chave. Rivalidade a mil.
      A divisão dos times, aliás, ocasionou um grupo extremamente difícil, que pode até ser chamado de grupo da morte. Além do rival Taubaté, o São José enfrentará equipes tradicionais, como o Santo André, São Bento e Juventus; clubes com poder financeiro superior, como Atlético Sorocaba e Grêmio Osasco; e, por fim, nada mais nada menos do que o atual campeão da Copa Paulista: São Bernardo.

     De olho no regulamento e na tabela

     A primeira fase é composta por três grupos. Dois deles com sete equipes e um com oito, justamente a chave da Águia. Os cinco primeiros colocados de cada grupo se classificarão para a fase seguinte, assim como o sexto melhor colocado no geral. Para verificar o regulamento completo, basta acessar o site da Federação Paulista de Futebol, ou colar em seu navegar o link que segue.
http://www2.fpf.org.br/arquivos/201406/2080206321.pdf
     Nessa fase inicial, os times jogarão dentro de seus grupos em confrontos de ida e volta. Dessa forma, o São José fará catorze partidas: sete em casa e sete fora. Confira, abaixo, todos os jogos da Águia do Vale no Grupo 3.
20/07 - 10:00 - Grêmio Osasco x SÃO JOSÉ
27/07 - 10:00 - SÃO JOSÉ x Santo André
30/07 - 15:00 - Taubaté x SÃO JOSÉ
03/08 - 10:00 - SÃO JOSÉ x Juventus 
06/08 - 20:00 - São Bento x SÃO JOSÉ
09/08 - 15:00 - São Bernardo x SÃO JOSÉ
16/08 - 10:00 - SÃO JOSÉ x Atlético Sorocaba
24/08 - 10:00 - SÃO JOSÉ x Grêmio Osasco
29/08 - 15:00 - Santo André x SÃO JOSÉ
03/09 - 20:00 - SÃO JOSÉ x Taubaté
07/09 - 10:00 - Juventus x SÃO JOSÉ
10/09 - 20:00 - SÃO JOSÉ x São Bento
14/09 - 10:00 - SÃO JOSÉ x São Bernardo
21/09 - 10:00 - Atlético Sorocaba x SÃO JOSÉ

Texto e fotos: ANDRÉ CASTANHARE

domingo, 18 de maio de 2014

O São José no Brasileirão de 1990

     
     Após a boa campanha em sua primeira participação na elite nacional, em 1982, quando ficou na 12ª colocação entre os 44 times, o São José Esporte Clube voltou a disputar a divisão principal do Brasil apenas em 1990. Tal fato ocorreu porque o atual sistema de acesso e descenso anual por meio de divisões distintas começou a ser utilizado somente em 1988. Desde então, houve pequenas mudanças apenas na quantidade de equipes promovidas e/ou rebaixadas, dependendo da temporada.
     Em 1989, o São José disputou a Divisão Especial do Campeonato Brasileiro, o que seria a Série B atual. Com uma ótima campanha, a Águia do Vale chegou à final e foi vice-campeã, perdendo o título para o Bragantino na grande decisão. O segundo lugar garantiu aos joseenses uma vaga na elite nacional de 1990, ao lado do clube de Bragança Paulista.
     O número de participantes do Brasileirão mudava constantemente, todavia naquele ano o torneio comportou 20 clubes. Apesar de esse ser o número de equipes que disputam a elite atualmente - desde 2006 - o regulamento era diferente e um pouco complicado. Para ilustrar a fórmula de disputa sem alteração de palavra alguma, confira abaixo as regras contidas no álbum do Campeonato Brasileiro de 1990, da Abril Panini, do qual todas as fotos dessa matéria foram retiradas; um arquivo pessoal com ares nostálgicos.


     Apesar do fato de que todas as 20 agremiações deveriam se enfrentar, houve a divisão inicial em 2 chaves, com 10 equipes em cada, sendo que a Águia marcou presença no grupo B. Confira, a partir de agora, o desempenho joseense no campeonato, jogo a jogo, gol a gol, seguido de estatísticas, curiosidades e um resumo do polêmico tapetão que acabou rebaixando o São José para a segunda divisão brasileira.


Primeiro Turno

19/08 - Martins Pereira
São José 1x1 Goiás
Gols: Amauri (São José) e Wilson (Goiás)

26/08 - Caio Martins
Botafogo 0x1 São José
Gol: Peu

05/09 - Martins Pereira
São José 0x0 Vasco

08/09 - Vila Belmiro
Santos 2x0 São José
Gols: Almir e Nei

16/09 - Martins Pereira
São José 1x2 Corinthians
Gols: Eugênio (São José), Tupãzinho e Neto (Corinthians)

19/09 - Fonte Nova
Bahia 3x0 São José
Gols: Charles [3]

23/09 - Martins Pereira
São José 0x1 Bragantino
Gol: Franklin

30/09 - Canindé
Portuguesa 2x2 São José
Gols: Vânder Luiz e Henrique (São José), Arnaldo e Vágner Mancini (Portuguesa)

04/10 - Martins Pereira
São José 0x0 Atlético/MG

07/10 - Beira-Rio
Internacional/RS 1x1 São José 
Gols: Henrique (São José) e Luís Fernando (Internacional)

Classificação
1º Grêmio - 13 pontos (4 V - 5 E - 1 D - 12 GP - 6 GC)
2º Vitória - 12 pontos (3 V - 6 E - 1 D - 6 GP - 5 GC)
3º Cruzeiro - 12 pontos (4 V - 4 E - 2 D - 9 GP - 9 GC)
4º Náutico - 10 pontos (3 V - 4 E - 3 D - 8 GP - 8 GC)
5º São Paulo - 9 pontos (3 V - 3 E - 4 D - 9 GP - 10 GC)
6º Flamengo - 8 pontos (2 V - 4 E - 4 D - 11 GP - 12 GC)
7º Internacional/SP - 8 pontos (3 V - 2 E - 5 D - 7 GP - 11 GC)
8º Fluminense - 7 pontos (2 V - 3 E - 5 D - 13 GP - 17 GC)
9º São José - 7 pontos (1 V - 5 E - 4 D - 6 GP - 12 GC)
10º Palmeiras - 6 pontos (2 V - 2 E - 6 D - 8 GP - 12 GC)

Segundo Turno

10/10 - Palestra Itália
Palmeiras 2x0 São José
Gols: Betinho e Careca

14/10 - Martins Pereira
São José 0x0 São Paulo

21/10 - Mineirão
Cruzeiro 0x0 São José 

24/10 - Martins Pereira 
São José 1x1 Grêmio
Gols: Henrique (São José) e Caio (Grêmio)

28/10 - Martins Pereira
São José 2x1 Vitória
Gols: Viola e Leandro (São José) e Cacau (Vitória)

04/11 - Aflitos
Náutico 0x0 São José

11/11 - Martins Pereira
São José 1x0 Internacional/SP
Gol: Tita

14/11 - Laranjeiras
Fluminense 1x0 São José
Gol: Alexandre Torres

18/11 - Martins Pereira
São José 0x3 Flamengo
Gols: Uidemar, Zinho e Djalminha

Classificação
1º Palmeiras - 15 pontos (6 V - 3 E - 0 D - 13 GP - 6 GC)
2º São Paulo - 13 pontos (5 V - 3 E - 1 D - 11 GP - 4 GC)
3º Flamengo - 12 pontos (5 V - 2 E - 2 D - 13 GP - 6 GC)
4º Grêmio - 12 pontos (5 V - 2 E - 2 D - 13 GP - 7 GC)
5º Cruzeiro - 9 pontos (4 V - 1 E - 4 D - 12 GP - 9 GC)
6º Fluminense - 8 pontos (3 V - 2 E - 4 D - 6 GP - 7 GC)
7º São José - 8 pontos (2 V - 4 E - 3 D - 4 GP - 8 GC)
8º Náutico - 8 pontos (1 V - 6 E - 2 D - 5 GP - 10 GC)
9º Vitória - 3 pontos (1V - 1 E - 7 D - 9 GP - 17 GC)
10º Internacional/SP - 2 pontos (1 V - 0 E - 8 D - 2 GP - 14 GC)


     O rebaixamento no tapetão

     É inegável que a campanha joseense não foi boa em 1990. No entanto, a Águia foi impedida de continuar voando entre os grandes da elite nacional graças ao famigerado tapetão da CBF, que já fez muitas vítimas ao longo dos anos e, na realidade, permanece fazendo - Portuguesa que o diga!
     Entenda a história: o Vitória escalou de forma irregular o jogador Nardela, em uma partida contra o Fluminense, na qual os tricolores venceram os rubro-negros por 2x1. Como punição, a equipe baiana perdeu 5 pontos. Com esse resultado, o Leão da Barra deveria ser rebaixado para a Série B, ao lado de outro Leão, o de Limeira.
     Deveria, mas não foi. Devido aos interesses escusos da pestilencial cartolagem dos chamados grandes e da sempre tendenciosa Confederação Brasileira de Futebol, os pontos foram devolvidos (isso mesmo!) ao Vitória, fazendo com que o São José (clube de menor expressão a nível nacional) fosse rebaixado.
     De acordo com o regulamento, os dois últimos clubes na classificação geral (soma da pontuação do primeiro e segundo turnos) seriam rebaixados. Assim sendo, foram duas equipes representantes do interior paulista que caíram para a segunda divisão: São José e Internacional. Esse no campo, aquele no tapetão.
     Para finalizar a questão das colocações, segue abaixo a classificação final, ou seja, após todas as fases terem sido jogadas. As diferenças nos números de jogos disputados e  as divergências entre pontos e posições de algumas equipes são frutos das fases do chamado mata-mata.

1º Corinthians - 32 pontos (25 J - 12 V - 8 E - 5 D - 23 GP - 20 GC)
2º São Paulo - 27 pontos (25 J - 10 V - 7 E - 8 D - 24 GP - 18 GC)
3º Grêmio - 29 pontos (23 J - 11 V - 7 E - 5 D - 28 GP - 16 GC)
4º Bahia - 26 pontos (23 J - 8 V - 10 E - 5 D - 25 GP - 17 GC)
5º Atlético/MG - 24 pontos (21 J - 7 V - 10 E - 4 D - 20 GP - 18 GC)
6º Palmeiras - 23 pontos (21 J - 9 V - 5 E - 7 D - 22 GP - 20 GC)
7º Santos - 23 pontos (21 J - 7 V - 9 E - 5 D - 20 GP - 15 GC)
8º Bragantino - 23 pontos (21 J - 7 V - 9 E - 5 D - 22 GP - 20 GC)
9º Cruzeiro - 21 pontos (19 J - 8 V - 5 E - 6 D - 21 GP - 18 GC)
10º Goiás - 21 pontos (19 J - 7 V - 7 E - 5 D - 22 GP - 19 GC)
11º Flamengo - 20 pontos (19 J - 7 V - 6 E - 6 D - 24 GP - 18 GC)
12º Botafogo 18 pontos (19 J - 7 V - 4 E - 8 D - 17 GP - 18 GC)
13º Náutico - 18 pontos (19 J - 4 V - 10 E - 5 D - 13 GP - 18 GC)
14º Vasco - 18 pontos (19 J - 3 V - 12 E - 4 D - 15 GP - 15 GC)
15º Fluminense - 15 pontos (19 J - 5 V - 5 E - 9 D - 19 GP - 24 GC)
16º Internacional/RS - 15 pontos (19 J - 4 V - 7 E - 8 D - 19 GP - 23 GC)
17º Vitória - 15 pontos (19 J - 4 V - 7 E - 8 D - 15 GP - 22 GC)
18º Portuguesa - 15 pontos (19 J - 3 V - 9 E - 7 D - 18 GP - 22 GC)
19º São José - 15 pontos (19 J - 3 V - 9 E - 7 D - 10 GP - 20 GC)
20º Internacional/SP - 10 pontos (19 J - 4 V - 2 E - 13 D - 9 GP - 25 GC)

   
     Os guerreiros que envergaram o manto joseense

     Ao longo do certame, foram 2 treinadores que comandaram o São José Esporte Clube. Tata esteve no banco nas 4 primeiras partidas, enquanto Ademir Melo dirigiu o time nos últimos 15 jogos. Já em relação aos que estiveram dentro das 4 linhas, foram 26 jogadores que vestiram o manto sagrado joseense. Abaixo, segue a lista com a quantidade de partidas que cada atleta fez com a camisa da Águia do Vale.
19 jogos: Luiz Henrique
18 jogos: Vânder Luiz e Amauri
16 jogos: Henrique e Marcelo
15 jogos: Tita
13 jogos: Peu, Celso e Bira
11 jogos: Moura e Ângelo
10 jogos: Viola e Leandro
09 jogos: Luís Carlos Goiano
08 jogos: Eugênio, Wanks e Alemão
07 jogos: Joãozinho
03 jogos: Romildo, Claudio, Wanderson e Zico
02 jogos: Zé Carlos Souza
01 jogo: Wagner, Luciano e Sérgio Mendes




     Os artilheiros do São José

     O setor ofensivo joseense não foi muito produtivo em sua segunda participação na elite nacional. Em 19 partidas, o São José marcou apenas 10 gols, uma média de 0,52 por jogo, que rendeu o desagradável "título" de segundo pior ataque da competição. Confira, abaixo, quais foram os atletas que fizeram a torcida da Águia gritar gol.
03 gols: Henrique
01 gol: Viola, Vânder Luiz, Tita, Peu, Amauri, Eugênio e Leandro
     Curiosidade: Os três tentos anotados por Henrique foram em cobranças de pênalti.
     

     A apaixonada torcida joseense

     Os joseenses sempre apoiaram o clube do coração, independentemente do momento. É verdade que a média de público em 1990 não chegou aos pés da média de 1982 (12.600 torcedores por jogo, em casa), mas ainda assim a torcida compareceu. Mesmo com o desempenho sofrível do São José na competição, 38.604 torcedores pagaram ingresso para acompanhar a Águia nos 10 jogos em São José dos Campos, o que deu uma média de público pagante de 3.860,4 pessoas por partida no estádio Martins Pereira. Confira, abaixo, a média de cada jogo.
São José 1x2 Corinthians - 8.482 
São José 0x0 Vasco - 6.915
São José 0x3 Flamengo - 6.084
São José 0x0 São Paulo - 3.721 
São José 1x1 Goiás - 3.267
São José 0x0 Atlético/MG - 2.689
São José 1x0 Internacional/SP - 2.184 
São José 1x1 Grêmio - 2.076
São José 2x1 Vitória - 1.647 
São José 0x1 Bragantino - 1.539

   
     Post Scriptum

     É importante ressaltar um erro contido no álbum do Campeonato Brasileiro. Na última foto do presente artigo, pode-se ver que foi registrado o nome do time como Esporte Clube São José em vez de São José Esporte Clube. O nome contido no álbum foi utilizado desde a fundação do clube, no dia 13 de agosto de 1933, até a mudança de nome, mascote e cores, ocorrida no dia 24 de dezembro de 1976. Nessa data, o Formigão passou a ser a Águia, o branco e o preto deram lugar ao azul, branco e amarelo e, desde então, o time passou a ser chamado de São José Esporte Clube.

Texto e fotos: ANDRÉ CASTANHARE

quinta-feira, 1 de maio de 2014

O São José no Brasileirão de 1982

     O Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão de 1982, chamado de Taça de Ouro, teve a participação de 44 times no total. Foram 40 equipes desde a primeira fase e outras 4 que iniciaram a participação a partir da fase seguinte, o que evidencia que a incrível capacidade de criar regulamentos ineptos é uma característica da Confederação Brasileira de Futebol há tempos.
     Para o São José Esporte Clube, esse ano foi especial, pois marcou a primeira participação na elite nacional. A vaga da Águia do Vale veio por meio de seu desempenho no Campeonato Paulista da Primeira Divisão, em 1981. Debutando na elite estadual, o São José, após uma vitória por 1x0 sobre o rival Taubaté, em pleno estádio Joaquim de Moraes Filho, com um gol de Nenê, classificou-se para o octogonal decisivo do 2º turno do Paulistão, garantindo assim uma vaga para a Taça de Ouro.
     E para entender melhor como foi organizado o Campeonato Brasileiro, urge uma sucinta explicação sobre o regulamento. A primeira fase, como supracitado, comportou 40 clubes na peleja. Formaram-se 8 grupos, de A a H, com 5 times em cada. Para a segunda fase, 28 clubes sobreviveram e ganharam a companhia dos 4 primeiros colocados da Taça de Prata. Dessa forma, novos agrupamentos foram formados, num total de 8 chaves, de I a P, com 4 agremiações em cada. Ou seja, 32 times, sendo que o campeão e o vice de cada grupo seguiriam em frente, exatamente como o atual regulamento da Copa do Mundo. A partir daí, o emocionante - mas nem sempre justo - mata-mata foi posto em prática, com oitavas de final, quartas de final, semifinal e final.
     Deixemos agora as explanações de lado e vamos viajar no tempo para relembrar a grande campanha da Águia como debutante na divisão maior do Brasil. Vamos nos deliciar com os grandes jogos do clube, na saudosa e, infelizmente, cada vez mais distante época em que o São José encarava sem medo os grandes times brasileiros.



17/01 - São José 1x0 Grêmio - Gol: Tião Marino
24/01 - São José 2x1 Desportiva - Gols: Edinho e Nenê (SJ) e Dário (Desportiva)
28/01 - Vitória 1x0 São José - Gol: Zé Augusto
31/01 - Atlético Mineiro 0x0 São José
03/02 - Desportiva 0x1 São José - Gol: Ademir Gonçalves
07/02 - São José 2x1 Vitória - Gols: Campina e Tião Marino (SJ) e Zé Júlio (Vitória)
10/02 - São José 0x0 Atlético Mineiro
14/02 - Grêmio 1x0 São José - Gol: Baltazar

Classificação
1º São José - 10 pontos (8 J - 4 V - 2 E - 2 D - 6 GP - 4 GC)
2º Grêmio - 9 pontos (8 J - 4 V - 1 E - 3 D - 8 GP - 4 GC)
3º Atlético Mineiro -  9 pontos (8 J - 3 V - 3 E - 2 D - 11 GP - 5 GC)
4º Desportiva - 6 pontos (8 J - 3 V - 0 E - 5 D - 10 GP - 17 GC)
5º Vitória - 6 pontos (8 J - 3 V - 0 E - 5 D - 7 GP - 12 GC)



28/02 - Londrina 1x1 São José - Gols: Eli Carlos (São José) e Paulinho (Londrina)
07/03 - São José 0x0 Botafogo
11/03 - São José 3x1 Treze - Gols: Niltinho, Eli Carlos e Zé Luís* (SJ) e Sururu (Treze)
14/03 - Botafogo 0x1 São José - Gol: Darci
20/03 - Treze 0x3 São José - Gols: Ademir Melo, Edinho e Eli Carlos
24/03 - São José 0x0 Londrina
* gol contra

Classificação
1º São José - 9 pontos (6 J - 3 V - 3 E - 0 D - 8 GP - 2 GC)
2º Londrina - 8 pontos (6 J - 2 V - 4 E - 0 D - 8 GP - 4 GC)
3º Botafogo - 4 pontos (6 J - 1 V - 2 E - 3 D - 5 GP - 8 G)
4º Treze - 3 pontos (6 J - 1 V - 1 E - 4 D - 5 GP - 12 GC) 



28/03 - Bangu 3x1 São José - Tião Marino (SJ), Toninho, Luisão e Pedrinho (Bangu)
31/03 - São José 2x2 Bangu - Niltinho e Adilson (São José), Tecão e Lira (Bangu)



     Sobre a campanha da Águia

     Após se classificar em primeiro lugar no seu grupo nas duas primeiras fases, o São José foi derrotado pelo forte time do Bangu nas oitavas de final. Na segunda partida do mata-mata, os joseenses precisavam reverter a derrota por 2 gols de diferença, sofrida no Estádio Proletário (Moça Bonita) no jogo de ida. 
     No Martins Pereira, diante de 16.768 torcedores, a Águia chegou a abrir 2x0, com Niltinho aos 21 e Adilson aos 27 do primeiro tempo, e a etapa inicial se encerrou com a vantagem joseense. No entanto, na etapa complementar o Bangu reagiu e conseguiu o empate, com Tecão aos 16 e Lira aos 31, frustrando o sonho do São José de chegar às quartas de final.
     Mesmo com a eliminação, a Águia voou bonito pelo céu do Brasil e ficou em 12º lugar entre os 44 participantes, estando acima de muitas equipes consideradas grandes no Brasil. O São José fez 16 partidas, venceu 7, empatou 6 e perdeu apenas 3. Foram 17 gols marcados e apenas 11 sofridos, o que deu um saldo positivo de 6 tentos.

     Os jogadores que envergaram o manto joseense

     Durante o certame, 19 jogadores foram utilizados pelo técnico Fidélis, que dirigiu a equipe nas 16 partidas da competição. Abaixo, segue a lista com os atletas e a quantidade de vezes que cada um entrou em campo no Brasileirão para defender as cores da Águia.
16 jogos: Ivan, Ademir Gonçalves e Ademir Melo
15 jogos: Tião Marino
14 jogos: Sotter e Darci
13 jogos: Gerson Andreotti, Edinho, Niltinho e Eli Carlos
11 jogos: Adilson
10 jogos: Campina
09 jogos: Tata
08 jogos: Nenê
07 jogos: Jarbas e Reinaldo
03 jogos: Walter Passarinho
02 jogos: Jabu
01 jogo: Beto Fuscão

     Os artilheiros do São José

     Foram 17 gols marcados no campeonato, o que dá uma média 1,06 por partida. Ao todo, 10 jogadores da Águia balançaram as redes e um adversário fez contra para os joseenses. Confira, abaixo, a lista com os matadores do São José.
03 gols: Tião Marino e Eli Carlos
02 gols: Edinho e Niltinho
01 gol: Nenê, Ademir Gonçalves, Campina, Darci, Ademir Melo e Adilson

     A apaixonada torcida joseense

     Todos sabem que o torcedor joseense é apaixonado e fiel. A torcida da Águia do Vale é uma das maiores do interior e está sempre presente para acompanhar o São José e apoiar o time, nas vitórias e nas derrotas. Foram 8 jogos no Martins Pereira, sendo que em apenas uma partida não houve registro de público. Acompanhe abaixo o público oficial de cada jogo em São José dos Campos, a média da Águia em casa e outras curiosidades.
São José 0x0 Atlético Mineiro - 20.375
São José 1x0 Grêmio - 17.761
São José 2x2 Bangu - 16.768
São José 0x0 Botafogo - 13.769
São José 2x1 Desportiva - 9.478
São José 0x0 Londrina - 6.284
São José 3x1 Treze - 3.763
São José 2x1 Vitória - sem registro
     Somando as 7 partidas que tiveram registro de público no Martins Pereira, o total de torcedores que acompanharam a Águia foi 88.198. Isso dá uma média de público, em casa, de 12.600; quantia arredondada. Na realidade, o número exato é 12.599,7143 torcedores por jogo. Tal média é superior a de grandes equipes brasileiras.

     Post Scriptum

     Prezada nação joseense, aguardem a próxima matéria sobre o São José Esporte Clube, que será postada nos próximos dias. O artigo abordará a segunda participação da Águia do Vale no Campeonato Brasileiro, em 1990.

     Texto e fotos: ANDRÉ CASTANHARE

terça-feira, 29 de abril de 2014

As Armaduras da Águia: A Taça de Ouro de 1982

     Para dar continuidade à série As Armaduras da Águia, hoje será apresentada a camisa utilizada pelo São José Esporte Clube na Taça de Ouro de 1982.



     A Taça de Ouro - como foi chamado o Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão daquele ano - teve início em 16 de janeiro e se estendeu até o dia 25 de abril. Na primeira fase, houve a participação de 40 times, divididos em 8 chaves com 5 agremiações cada.
  Os 28 clubes melhores classificados, independente do grupo, seguiram no campeonato na companhia dos 4 clubes vindos da Taça de Prata. Esses 32 times foram divididos em 8 chaves com 4 equipes cada, sendo que apenas campeão e vice de cada grupo continuariam na disputa.
     Da terceira fase à final da competição, o sistema utilizado passou a ser o mata-mata. Ou seja, jogos eliminatórios, com partidas de ida e volta.

     O São José no Brasileirão de 82

     A Águia do Vale fez um bom Campeonato Brasileiro e terminou o certame na 12ª colocação. Foram 16 jogos disputados, com 7 vitórias, 6 empates e apenas 3 derrotas. Os joseenses marcaram 17 gols e sofreram 11.
    Na primeira fase, o São José compôs o Grupo F, com Atlético/MG, Grêmio/RS, Desportiva/ES e Vitória/BA. Os joseenses terminaram na primeira colocação do grupo, com 10 pontos em 10 rodadas, lembrando que a vitória valia 2 pontos até então.
      Já na segunda fase, a Águia formou o Grupo N, ao lado de Botafogo/RJ, Londrina/PR e Treze/PB. O clube do Vale do Paraíba terminou em primeiro lugar novamente, dessa vez de forma invicta, com 9 pontos em 6 jogos.
     Chegando às oitavas de final, porém, o São José sucumbiu perante o Bangu. Com uma derrota e um empate, a Águia foi eliminada da competição, terminando então em 12º lugar.

     O elenco joseense

GOLEIROS: Ivan, Moreira e Mário
LATERAIS: Sotter e Jabu, Campina e Reinaldo
ZAGUEIROS: Darci, Ademir Gonçalves, Walter Passarinho e Beto Fuscão
MEIAS: Gerson Andreotti, Ademir Mello, Tata e Eli Carlos
ATACANTES: Edinho, Tião Marino, Nenê, Niltinho, Jarbas e Adilson Cantinflas 

     A camisa

     O fardamento foi fabricado pela Penalty, com o logo da fornecedora estampado na camisa. O símbolo do São José era costurado e a numeração pintada. O design foi arrojado para a época, graças às finas listras brancas que cortavam verticalmente o azul.
    Para finalizar, seguem outras fotos da camisa. Esta foi utilizada em jogo pelo centroavante Tião Marino.

     

     


     Ficha técnica

     Ano: 1982
     Fabricante: Penalty

     Texto e fotos: CEZAR TRUNKL

quarta-feira, 23 de abril de 2014

As Armaduras da Águia: A primeira camisa do São José Esporte Clube

     Para iniciar a série As Armaduras da Águia, será apresentada a primeira camisa utilizada pelo São José após a mudança de Esporte Clube São José para São José Esporte Clube.



     Entendendo melhor a troca de nome...

     O time profissional de São José dos Campos usou o nome Esporte Clube São José até dezembro de 1976 quando, atolado em dívidas e quase falido, foi obrigado a mudar de nome para fugir das cobranças e ameaças de penhora. Na oportunidade, Altamirando Negrão de Palma assumiu a presidência do clube e, junto de outros três diretores, Geraldo Marcolongo, Sérgio Ângelo e Pedro Yves Simão, procuraram ajuda na Federação Paulista de Futebol, que fez com que o Esporte Clube São José se transformasse em São José Esporte Clube, mudando inclusive as cores do uniforme e o distintivo. O alvinegro foi substituído pelo azul, amarelo e branco, que são as cores oficiais da cidade. O distintivo também se tornou semelhante ao brasão da cidade de São José dos Campos e a mascote passou a ser a Águia do Vale.
(Fonte: Site da FPF)

     Logo, a primeira temporada oficialmente disputada como São José Esporte Clube foi a de 1977. Nesse ano, a Águia disputou a divisão intermediária do Campeonato Paulista e alguns amistosos pelo Brasil. Durante o ano de 1977, foram 62 jogos, contabilizando 28 vitórias, 17 empates e 17 derrotas, além de 51 gols marcados e 48 sofridos.
     
     O elenco era formado por:
Goleiros: Paulo Cesar e Mário
Laterais: Baiano, Campina e Valdemir
Zagueiros: Zé Luis, Botu e Alemão
Volantes: Trindade, Zé Carlos e Elmo
Meias: Lincoln, Xavier e Edson
Atacantes: Beto, Serafim, Nelsinho, Luis Carlos Barba, Nogueira, Claudini, Bira, Luis Carlos I e Luis Carlos II.

     A camisa

     O fardamento era produzido pela Penalty, de cor predominantemente azul, com golas e mangas brancas. O número e o símbolo eram costurados. Eis algumas fotos, sendo que esta foi uma camisa utilizada em jogo.


     



     Ficha técnica

     Ano: 1977
     Fornecedor: Penalty

     Texto e fotos: CEZAR TRUNKL