segunda-feira, 31 de março de 2014

São José x Monte Azul: Parte II - Derrota mantida, lanterna garantida

     O São José voltou a campo na tarde desta segunda-feira para jogar os 39 minutos restantes do jogo de ontem, interrompido pela tempestade que atingiu Jacareí. No domingo, a partida marcava 1x0 para o Monte Azul, quando foi encerrada aos 6 minutos do segundo tempo, e tal placar foi mantido.
     Em pouco mais de meia hora de bola rolando, o Azulão foi novamente superior. Tanto que teve três boas oportunidades de ampliar o marcador, sendo que na melhor delas a pelota parou no travessão do arqueiro Júnior, que fez duas intervenções importantes. O goleiro da Águia, aliás, após a saída de Anderson Ligeiro, parece ser o jogador mais aplaudido e admirado pela torcida joseense.
     Enfim, mesmo sem tomar gols hoje, o tento de ontem cravou a 11ª derrota do São José em 17 jogos. A Águia é a equipe que menos venceu (apenas 1 triunfo), tem o pior ataque (somente 8 gols marcados) e a pior defesa (33 gols sofridos). Tais números garantiram matematicamente não somente o rebaixamento, mas também a lanterna absoluta da competição, com duas rodadas de antecedência. 



       Ficha técnica

     São José: Júnior; Roni, Rodrigão, Amauri e Paulo Henrique; Leandro Ratinho, Dinho Souza, Diego Galo (Mello - ontem) e Bruno Santos (Robson - hoje); Rômulo (Alex Silva - hoje) e Glauco.
      Monte Azul: Igor; Thiago Gasparino, Ferreira, Teco e Andrezinho; André Bilinha, Jean (Uéverton - hoje), Juca e Renan Mota; Canela (Matheus - hoje) e Caio (Jobinho - hoje).

     Próximo jogo

     A Águia voltará a campo no próximo sábado, 5, para enfrentar o Grêmio Barueri, vice-lanterna. O duelo acontecerá na Arena Barueri, às 18:30.

domingo, 30 de março de 2014

Dilúvio interrompe partida entre São José e Monte Azul. Jogo será reiniciado amanhã, com a Águia perdendo por 1x0


     Quando a fase não é boa, tudo parece atrapalhar. O São José enfrentava o Monte Azul, nesta tarde, até que um dilúvio interrompeu a partida. A paralisação ocorreu aos 6 minutos da etapa complementar, quando a Águia já perdia para o Azulão por 1x0..
     O placar, feito no primeiro tempo, foi mantido até a paralisação do jogo. O árbitro Roberto Pinelli ainda esperou para ver se a situação iria melhorar com o intuito de reiniciar o embate, contudo a chuva castigou severamente o gramado, tornando impossível a prática do futebol.
     É verdade que se deve preservar a integridade física dos atletas, portanto a decisão do juiz foi correta. O problema é que o São José terá agora mais gastos com despesas imprevistas, o que é um pesadelo para o clube, que vive a pior crise de sua história.

     O jogo

     A equipe de Monte Azul Paulista foi superior durante os 51 minutos jogados. Em um jogo sem grandes emoções, o primeiro ataque de perigo foi do Azulão, aos 15 minutos. Renan Mota, entrando pela direita na área joseense, chutou rasteiro, cruzado e Júnior fez a defesa. Logo depois, aos 18, André Bilinha, ex-São José, bateu uma falta perigosa, da meia-lua e a bola explodiu no travessão, rente ao ângulo direito do arqueiro da Águia. 
     O primeiro ataque do São José aconteceu somente aos 22. Na ponta esquerda, Rômulo arriscou um chute que parecia despretensioso, porém o goleiro Igor não segurou a bola, então Glauco tentou no rebote, que foi prensado pelo arqueiro e depois foi a vez de Diego Galo dividir com o camisa 1 do Azulão, que acabou ficando com a pelota.
     Quando o relógio marcava 30 minutos, os visitantes assustaram os anfitriões. Juca cobrou falta da direita, a zaga não subiu, não marcou e deixou Jean livre, porém a cabeçada foi para fora. Mal se recuperou do sobressalto, o time joseense foi agitado por outro ataque perigoso. Aos 31, Renan Mota arriscou de fora da área, mas a bola foi por cima do gol.
     Cansada de ser pressionada, a Águia deu a resposta imediatamente. As 32, Glauco, na mesma moeda, arriscou de fora da área, no entanto a bola foi para longe do gol. E se a pontaria do São José não estava boa, o mesmo não se pode dizer do Monte Azul. Aos 38, Caio desceu pela ponta direita, entrou na área e tocou rasteiro na saída de Júnior: 1x0.
     A Águia até tentou reagir, mas não foi eficiente no ataque. Aos 42, Amauri lançou do meio do campo para a área, Rômulo entrou de cabeça, mas Igor fez fácil defesa. E o último ataque do primeiro tempo foi do Monte Azul. Renan Mota, aos 43, chutou novamente de fora da área, mas Júnior defendeu em dois tempos.

     O dilúvio

     No intervalo do jogo o clima começou a mudar. Houve queda na temperatura, ventos fortes, o dia começou a escurecer e uma chuva intensa se iniciou assim que o árbitro apitou o início da etapa complementar.




     Em poucos segundos, a chuva se transformou numa tempestade tão impetuosa que dificultou até mesmo avistar os jogadores, tanto das arquibancadas como das cabines de imprensa. Com apenas 6 minutos, o jogo teve que ser interrompido, pois só se via imagens indistintas em meio ao temporal.



     O dilúvio se tornou ainda mais veemente com a partida já paralisada e, após esperar durante cerca de 30 minutos, quando a chuva já havia praticamente ido embora, o problema passou a ser a drenagem. O gramado do Stavros Papadopoulos, que já não é bom, ficou inundado, o que fez com que a arbitragem adiasse o jogo para preservar os jogadores e evitar lesões graves. Amanhã às 15 horas a partida será continuada, com o Monte Azul vencendo por 1x0.


     
     Ficha técnica parcial

     São José: Júnior; Roni, Rodrigão, Amauri e Paulo Henrique; Leandro Ratinho, Dinho Souza, Diego Galo (Mello) e Bruno Santos; Rômulo e Glauco.
      Monte Azul: Igor; Thiago Gasparino, Ferreira, Teco e Andrezinho; André Bilinha, Jean, Juca e Renan Mota; Canela e Caio.

    

       Texto e fotos: André Ricardo Castanhare

Rebaixado e desfigurado. Este é o São José que enfrentará o Monte Azul, em Jacareí


     Logo mais o São José receberá o Monte Azul, no Stavros Papadopoulos, com um clima bem mais tétrico do que nas rodadas anteriores. A Águia entrará em campo já rebaixada e, além disso, não contará com grande parte dos jogadores que vinham atuando na competição, nem com o recém-chegado técnico, tampouco com o falaz presidente já há muito ausente.
     Se parte dos torcedores mais alucinados ainda via remota esperança de escapar do descenso, mesmo após o massacre por 6x0 em Marília, ontem tal expectativa utópica foi destruída de uma vez por todas. Com a vitória do São Caetano sobre o Marília - último algoz joseense - por 2x0, e com o triunfo do Rio Branco sobre o Mirassol - outro verdugo do São José - por 3x0, a queda foi oficialmente decretada. A Águia está matematicamente rebaixada.
     Mesmo que vençam os 3 jogos que restam, os joseenses chegarão somente a 17 pontos. Os primeiros times fora do Z4 são Guaratinguetá, Rio Branco e São Caetano, todos com 18, sendo que a Garça ainda jogará a 17ª rodada, podendo chegar aos 21. A queda era iminente, todos tinham consciência de que era questão de tempo devido aos ininterruptos descomedimentos administrativos, todavia a dor e o abatimento com a concretização do já esperado desfecho são imensuráveis, pela grandeza do São José Esporte Clube.

     Presidente, técnico e jogadores

     Como se não bastasse estar rebaixado mesmo faltando 3 jogos para o término do torneio, o São José ainda enfrentará outros problemas. Na última quarta-feira foi anunciado que a portentosa, excelsa, sideral, fabulosa e misteriosa parceria que estava já certa não viria mais. Este foi o último ato varzeano do presidente Geleia, após iludir todos os torcedores e jogadores durante meses, pois o mesmo pediu licença, alegando problemas de saúde. O navio afundou e seu capitão foi o primeiro que para fora dele pulou.
     Seguindo o exemplo de Geleia, o técnico Vânder Luís, com poucos dias exercendo a função, também se desligou do clube. Ídolo da Águia no final dos anos 80 e início dos anos 90 como jogador, já como treinador ele deixou muito a desejar. Mesmo aceitando o cargo sem receber salários, foi outro a abandonar o clube, afirmando que não tinha mais forças para motivar os atletas e reclamando da estrutura precária, a qual já era evidente antes mesmo de assumir o desagradável desafio.
     Por fim, cansados de tantas promessas vulpinas, tanto amadorismo e tamanha falta de respeito, muitos jogadores saíram do SJEC. Estes, por mais que não tivessem qualidade para vestir o histórico manto joseense, não podem ser culpados. Dentro de suas limitações, entregaram-se ao máximo a cada jogo, mesmo sem receber salários desde que chegaram ao São José. Segue a lista dos jogadores que se desligaram: Dé Bahia, Ícaro, Jhuan, William Santos, André Felipe, Luiz Felipe, Leandro e o habilidoso Anderson Ligeiro, considerado o mais talentoso de todo o elenco.

     Expectativas para o jogo

     É difícil dizer o que se pode esperar da partida desta tarde, pois até a lista dos 11 que entrarão em campo é uma incógnita. Quem comandará os sobreviventes da debandada será Paulo Mulle, porém o "novo técnico" terá muitos problemas para escalar o time titular, devendo fazer algumas improvisações.
     Caso a Águia seja derrotada, possivelmente até a lanterna isolada do campeonato já estará decretada. Pelo lado do Monte Azul, se não há risco de rebaixamento, o acesso está praticamente descartado. O Azulão precisa vencer os 3 jogos que restam para chegar aos 31 pontos, porém esta já é a pontuação do São Bento, 3º colocado. A 4ª e última vaga, no momento, é do Marília, que está com 30 pontos. 



     Curiosidade malograda

     Como pode ser visto na postagem de ontem (vide histórico de confrontos), São José e Monte Azul se enfrentaram apenas 4 vezes na história. O fato curioso sobre tais embates é que todos aconteceram em Monte Azul Paulista. Hoje será a primeira vez que a Águia será mandante, entretanto, tal situação se tornou desinteressante devido ao rebaixamento antecipado do São José Esporte Clube.

     André Ricardo Castanhare

sábado, 29 de março de 2014

São José x Monte Azul - Histórico de confrontos


     São José e Monte Azul se enfrentarão amanhã pela 17ª rodada do Campeonato Paulista de 2014, no jogo que marcará a despedida da Águia na Série A2. Após a rodada passada, na qual foi goleado por 6x0 para o Marília, fora de casa, o São José ainda permaneceu com chances matemáticas de fugir do rebaixamento, todavia nem mesmo o torcedor mais fanático acredita em tal façanha.
     O jogo no Stavros Papadopoulos marcará, então, a concretização do descenso da Águia. O clima desde a última quarta-feira é de velório e o que se vê é a tristeza evidente no rosto e no coração de cada joseense. Os próprios torcedores dizem que estarão no estádio não para torcer, mas apenas para demonstrar a paixão pelo clube. Realmente já não há pelo que torcer no primeiro semestre deste ano, porém o amor é incondicional e o São José Esporte Clube jamais estará sozinho.
     Mesmo sem pretensões em termos de classificação, o duelo será importante para a Águia do Vale. Isto porque, acima de qualquer coisa, resta terminar a competição com dignidade. Além disso, o histórico de confrontos entre os clubes está empatado em número de vitórias, portanto alguém poderá ficar em vantagem amanhã. Esperamos que seja o São José.
     Confira, abaixo, a lista de duelos anteriores e também algumas estatísticas.

04 jogos – 10 gols (Média: 2,5)
02 vitórias do São José
02 vitórias do Monte Azul
04 gols da Águia
06 gols do Azulão

20/01/2008 – Monte Azul 0x1 SÃO JOSÉ (Paulista Série A2)
08/03/2009 – Monte Azul 5x1 SÃO JOSÉ (Paulista Série A2)
12/02/2012 – Monte Azul 1x0 SÃO JOSÉ (Paulista Série A2)
03/03/2013 – Monte Azul 0x2 SÃO JOSÉ (Paulista Série A2)

quinta-feira, 27 de março de 2014

"Olá, terceira divisão!" - Águia dá mais um vexame e é goleada pelo Marília

     A temporada de terror está chegando ao fim e o seu desfecho, já previsto no início do ano, será o mais triste para a fanática torcida do São José Esporte Clube: o rebaixamento para a terceira divisão do Campeonato Paulista. 
     Jogando em Marília, no estádio Bento de Abreu Sampaio Vidal, o limitado, não pago e carente time do São José foi goleado pelo time local pelo elástico placar de seis tentos a zero.
      O técnico Vânder Luís optou por um esquema nunca treinado nem utilizado pela Águia no ano de 2014, o chamado 3-5-2. Com isso, o time demonstrou muita fragilidade e, aos 15 minutos do primeiro tempo, já estava perdendo por 3x0. 
     Já na segunda etapa, tentando corrigir o erro tático, Vânder Luís mudou o esquema para o 4-4-2, porém sem efeito. O time levou mais 3 gols, decretando mais uma derrota no campeonato. 
     Fora do gramado, os jogadores do elenco desabafaram, criticando a falta de estrutura, bem como as promessas não cumpridas por parte da diretoria do São José. 
     Só um milagre é capaz de salvar a Águia do rebaixamento, precisando ter a hercúlea tarefa de ganhar os três últimos jogos e torcer por uma combinação de resultados. 
     Portanto, olá terceira divisão.


     Ficha técnica

     Marília: Rodrigo Calchi; Wagner Diniz, Henrique Samora (Jadson), Thiago Gomes e Deca; Rodrigo San (Robson), Gilberto (Edson Piu), Diego e Diego Sales; Leandro Costa e Flávio. Técnico: Luís dos Reis.
     São José: Júnior; Rodrigão, André Felipe e Felipe Alves; Luan, Leandro Ratinho, Dinho Souza (Roni), Luís Felipe (Rômulo) e William Santos; Anderson Ligeiro e Glauco (Amauri). Técnico: Vânder Luís. 
     Gols: Gilberto aos 8, Leandro Costa aos 11 e Deca aos 15 do 1º tempo; Gilberto aos 10 e Leandro Costa aos 15 e 21 do 2º tempo.
     Árbitro: Luciano Rodrigo Lealdini

     Texto: Cezar Trunkl 

terça-feira, 25 de março de 2014

São José viaja a Marília na A2, mas pode voltar na A3


     O São José já viajou para a bela cidade de Marília, onde enfrentará o MAC amanhã, às 20 horas, em confronto válido pela 16ª rodada da Série A2. A dúvida que fica é se esta será a última viagem dos joseenses antes da concretização do descenso. Muitos torcedores dizem que sim e o time, inclusive, já está com feição de rebaixado.
     Se algumas rodadas atrás a calculadora era constantemente utilizada para ver quantos pontos seriam necessários para evitar a queda, hoje ela é usada apenas para saber em qual rodada o rebaixamento virá. E grande parte dos que acompanham a segunda divisão paulista afirma que o decaimento da Águia virá já no estádio Bento de Abreu Sampaio Vidal.
     Para que isto ocorra, é preciso, primeiramente, que o São José seja derrotado pelos anfitriões. Com o revés, a "honra" de fechar o caixão joseense caberia a 5 clubes: Itapirense, Rio Branco, São Caetano, União Barbarense e Guaratinguetá. Os 4 primeiros precisariam vencer os seus jogos enquanto o Tricolor do Vale poderia até empatar.
     Difícil tal combinação de resultados? Confira, abaixo, quais são os confrontos que interessam à Águia do Vale:
     Itapirense (17º) x Ferroviária (7º)
     Velo Clube (9º) x Rio Branco (16º)
     São Caetano (15º) x Grêmio Osasco (19º)
     União Barbarense (14º) x Catanduvense (8º)
     Monte Azul (11º) x Guaratinguetá (13º)
     Pelo que se vê, há times que ainda lutam pelo acesso e podem ajudar indiretamente os joseenses, portanto nem tudo está perdido. Se o São José (20º) empatar com o Marília (4º), ganhará uma sobrevida, todavia muito provavelmente até a próxima rodada apenas, o que faria com que os torcedores sofressem ainda mais ao ver o time do coração ser rebaixado "em casa", diante do Monte Azul, na 17ª rodada.
     Há também outra possibilidade, apesar de pouco comentada: uma vitória da Águia diante do Tigre. Isto seria um alento, uma epifania, o primeiro e tardio passo para uma epopeia digna de um livro ou um filme o qual contaria a verdadeira batalha dos aflitos. A batalha daqueles que, além de toda a tristeza e desespero durante o torneio, lutaram sem ter armas, sem ter comida, sem ter apoio e sem alguém que pelo menos cumprisse as promessas de melhorias tão retumbadas aleivosamente.
     Enfim, seja como for, independentemente do resultado, há somente uma certeza, e não é a queda, mas a convicção de que os torcedores do São José Esporte Clube estarão com o time onde e como o time estiver. 

     Provável escalação

     Foi veiculada na imprensa a notícia de dois desfalques de última hora: Dé Bahia e Ícaro. O lateral-volante e o zagueiro-artilheiro não fazem mais parte do elenco joseense. Além deles, Leandro Ratinho não poderá atuar devido à contusão sentida no último domingo, diante do São Caetano. Outros jogadores podem deixar o clube ou simplesmente podem se recusar a entrar em campo pelo fato de que os salários ainda não foram pagos.
     Diante desta situação, o time pode jogar remendado amanhã. Caso não haja outras baixas, é provável que Vânder Luís mande a campo a seguinte formação: Júnior; Amauri, Rodrigão, André Felipe e William Santos; Felipe Alves (Leandro), Dinho Souza, Luan e Anderson Ligeiro; Rômulo e Glauco.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Histórico de confrontos: Marília x São José - Tigre leva vantagem colossal sobre a Águia


     O São José, 20º colocado, irá a Marília na próxima quarta-feira, 26, para enfrentar o MAC, que está em 4º lugar na competição. E a discrepância não aparece somente nas posições, mas também no desfecho que o jogo poderá proporcionar aos dois clubes.
     Enquanto a Águia pode ser matematicamente rebaixada em caso de derrota e de uma combinação de resultados, o Tigre vive outra expectativa. Caso vença diante de sua torcida, poderá assumir a vice-liderança da competição, dependendo também de outros resultados, e ficar bem mais próximo do retorno à elite. 
       E falando sobre a elite, tão distante do São José há tempos e tão próxima do Marília, ambos os clubes já se enfrentaram 12 vezes em partidas válidas pelo Paulistão da 1ª divisão. Foram outros 6 jogos pela Série A2, 3 amistosos, 2 embates pela Taça de Bronze e outros 2 válidos pelo Torneio Nabi Abi Chedi. 
     Num total de 25 duelos na história dos clubes, o Tigre leva larga vantagem sobre a Águia, com mais de 50% de vitórias. A maior goleada aplicada também é do MAC: 4x0 em 1992, no Bento de Abreu Sampaio Vidal.  Outra estatística que vale destaque é que marilienses e joseenses chegaram a se enfrentar 8 vezes no mesmo ano. Isto ocorreu em 1981.
    Para mais detalhes, confira, abaixo, a lista com todos os confrontos entre São José Esporte Clube e Marília Atlético Clube, duas das mais tradicionais agremiações do interior paulista e com grande representatividade nacional.

25 jogos – 54 gols (Média: 2,16)
04 vitórias do São José
13 vitórias do Marília
08 empates
20 gols da Águia
34 gols do Tigre

28/03/1973 – Marília 0x0 SÃO JOSÉ (Amistoso)
20/10/1974 – SÃO JOSÉ 0x0 Marília (Amistoso)
27/05/1979 – SÃO JOSÉ 3x1 Marília (Amistoso)
25/01/1981 – SÃO JOSÉ 0x0 Marília (Seletivo Taça de Bronze)
19/02/1981 – Marília 1x0 SÃO JOSÉ (Seletivo Taça de Bronze)
08/03/1981 – Marília 2x1 SÃO JOSÉ (Torneio Nabi Abi Chedi)
25/03/1981 – SÃO JOSÉ 1x2 Marília (Torneio Nabi Abi Chedi)
24/05/1981 – SÃO JOSÉ 1x0 Marília (PAULISTÃO)
15/07/1981 – Marília 1x1 SÃO JOSÉ (PAULISTÃO)
26/07/1981 – SÃO JOSÉ 1x1 Marília (PAULISTÃO)
06/09/1981 – Marília 3x0 SÃO JOSÉ (PAULISTÃO)
19/09/1982 – SÃO JOSÉ 1x3 Marília (PAULISTÃO)
21/11/1982 – Marília 1x0 SÃO JOSÉ (PAULISTÃO)
24/07/1983 – Marília 0x0 SÃO JOSÉ (PAULISTÃO)
23/10/1983 – SÃO JOSÉ 4x0 Marília (PAULISTÃO)
01/09/1991 – SÃO JOSÉ 0x0 Marília (PAULISTÃO)
23/10/1991 – Marília 2x1 SÃO JOSÉ (PAULISTÃO)
26/07/1992 – Marília 4x0 SÃO JOSÉ (PAULISTÃO)
20/09/1992 – SÃO JOSÉ 1x2 Marília (PAULISTÃO)
13/03/1994 – SÃO JOSÉ 2x0 Marília (Paulista Série A2)
15/05/1994 – Marília 2x1 SÃO JOSÉ (Paulista Série A2)
24/02/2002 – SÃO JOSÉ 1x1 Marília (Paulista Série A2)
05/05/2002 – SÃO JOSÉ 0x3 Marília (Paulista Série A2)
12/05/2002 – Marília 2x1 SÃO JOSÉ (Paulista Série A2)
06/02/2010 – Marília 3x0 SÃO JOSÉ (Paulista Série A2)

domingo, 23 de março de 2014

Águia apenas empata com o Azulão e rebaixamento pode se concretizar já na próxima rodada


     O São José recebeu o São Caetano nesta tarde e não saiu do zero, para desespero de sua torcida. Em uma partida tecnicamente fraca e taticamente desordenada, ambas as equipes fizeram questão de mostrar aos seus torcedores, durante os 90 minutos, que merecem estar na parte de baixo da tabela.
     É verdade que o jogo foi razoavelmente movimentado, no entanto, a agitação se deu mais por correria do que por futebol. Dos dois lados, jogadores esforçados e afobados tentaram resolver por si mesmos, gerando, muitas vezes, um congestionamento no meio do campo e, em alguns momentos, uma anarquia tática que era visível até para os que não entendem de futebol.
     Sem material humano qualificado, o placar não poderia ser outro. O empate sem gols foi ruim para os dois times, mas pior para a Águia, que continua na lanterna, praticamente sem chances de escapar da degola. Já o Azulão, mesmo não estando no Z4, tem apenas 1 ponto de vantagem sobre o Itapirense, primeiro clube do rebolo, além de possuir a mesma pontuação do Rio Branco, primeiro clube fora do quarteto do desespero.

     Primeiro tempo

     Em uma tarde de temperatura agradável, sem sol, como há muito não se via nos jogos das 15 horas em Jacareí, quem começou atacando foram os visitantes. Aos 6 minutos, após cobrança de escanteio, Gabriel cabeceou e Júnior espalmou. 
     A resposta dos anfitriões veio com Luan, aos 11. O meia tomou a bola da zaga caetanista e rolou com açúcar para Diego Sena, porém o centroavante joseense, entrando na área, chutou para fora, à esquerda do goleiro Beliato. 
     O São Caetano, entretanto, não se intimidou e encaixou dois ataques seguidos. Aos 14, enquanto todo o setor defensivo da Águia pedia impedimento, o ataque do Azulão seguiu a jogada e, após drible no arqueiro joseense, a bola foi chutada para fora. Logo em seguida, aos 15, após cruzamento da direita, Esley cabeceou e Júnior foi seguro para fazer a defesa.
     Depois desta jogada, foram 19 minutos de puro tédio futebolístico. Jogadores que não se encontravam em campo, ataques que não eram finalizados por erros dos próprios jogadores do setor ofensivo, entre outras situações que ilustravam as posições das equipes na A2.
     Tal enfado foi encerrado aos 34, quando William Santos, de fora da área, arriscou de esquerda. O chute foi perigoso, passando perto do travessão, fazendo com que a torcida da Águia se empolgasse. A resposta caetanista veio com Marcelo Soares, num chute cara a cara com Júnior na meia-lua, mas o arqueiro joseense defendeu com os pés.
     Aos 39, William Santos bateu falta próximo ao bico esquerdo da área. A cobrança parecia despretensiosa e a bola foi fácil para o goleiro Beliato, porém o arqueiro foi com a mão mole, soltou a bola e teve que saltar para agarrá-la centímetros antes de entrar no gol, evitando um frango. Logo em seguida, aos 40, Anderson Ligeiro desceu pela direita, entrou na área, deixou o zagueiro no chão e rolou para Dé Bahia; o lateral encheu o pé, Beliato espalmou e, no rebote, Gabriel isolou a bola num chute bisonho.
     Os minutos finais da etapa inicial reservaram lances com perigo. Aos 42, Júnior teve que trabalhar redobrado. Primeiramente, atuou como zagueiro para interceptar, fora da área, um ataque caetanista, entretanto, a pelota sobrou para os visitantes e lá estava novamente o goleiro joseense para dividir a bola. A jogada continuou no campo de defesa da Águia e, pela direita, um cruzamento fechado veio com perigo, mas o arqueiro saltou para encaixar firme.
     Ainda teve tempo para mais um ataque, aos 46. Após cobrança de escanteio, o camisa 1 do São José socou a redonda, que sobrou para Cleiton. O defensor do Azulão, aventurando-se no ataque, pegou de primeira, mas a zaga afastou o perigo e decretou o 0x0 nos 45 minutos iniciais.

     Segundo tempo

     A etapa complementar começou como a inicial, com ataque do Azulão em jogada de bola parada. Desta vez, em cobrança de falta. Danilo Bueno, o melhor jogador caetanista, bateu com categoria e a pelota explodiu no travessão. 
     Então o jogo esfriou novamente. Somente aos 21 alguém resolveu atacar, e foi a Águia. Leandro Ratinho desceu pela direita e, no bico da área, rolou para Anderson Ligeiro, no lado esquerdo. O camisa 10 do São José dominou, ajeitou e chutou colocado, para boa defesa do goleiro. 
     Após esta boa jogada ofensiva, o São José chegou três vezes com perigo ao ataque, todas em lances de bola parada, a partir dos 30 minutos. Primeiramente numa batida de falta de William Santos, por cima do gol. Depois, outra falta foi cobrada, desta vez por Anderson Ligeiro, que mandou a bola para fora, rente ao ângulo direito de Beliato. Por fim, aos 33, bola alçada na área e Ícaro subiu mais do que a zaga adversária, cabeceando na trave. 
     Apesar das muitas falhas e da falta de pontaria, bastantes jogadas foram criadas - e desperdiçadas. O São José demonstrou mais volume de jogo e chegou a pressionar o São Caetano. O Azulão, por sua vez, voltou a atacar somente aos 39, quando Anselmo entrou na área e tocou consciente na saída de Júnior, todavia a bola foi lentamente para fora.
     Houve resposta imediata da Águia, aos 40. Dé Bahia tocou para Rômulo, que tocou para Glauco. O centroavante grandalhão e fora de forma devolveu para Rômulo, que arriscou da entrada da área, para fora. 
     O jogo chegou nos acréscimos e, na última jogada, o São José foi para o tudo ou nada. Falta marcada na direita, William Santos ajeitou para a cobrança e todo o time joseense foi para a área, inclusive o goleiro Júnior. O lateral esquerdo da Águia, contudo, bateu mal, direto para o gol, nas mãos do arqueiro do Azulão, e assim terminou o jogo, sem alteração no placar.


     
     Ficha técnica

       São José: Júnior; Dé Bahia, Rodrigão, Ícaro e William Santos; Leandro Ratinho, Dinho Souza (Rômulo), Gabriel (Felipe Alves) e Luan; Anderson Ligeiro e Diego Sena (Glauco). Técnico: Vânder Luís.
     São Caetano: Beliato; Samuel, Cleiton, William Mineiro (Norton) e Gabriel; Rodrigo Thiesen (Cássio), Esley, Paulinho e Danilo Bueno; Anselmo e Marcelo Soares (Igor). Técnico: Paulo Cezar Catanoce.

     Situação na tabela

     A Águia do Vale permanece 7 pontos atrás dos primeiros times fora do Z4, Rio Branco (16º) e São Caetano (15º). Na 20ª colocação, o São José soma apenas 8 pontos e restam apenas mais 4 rodadas, ou seja, 12 pontos em disputa. 
     Se os joseenses forem derrotados no embate do meio desta semana, o rebaixamento já poderá vir na próxima rodada. Para isto é necessário que Itapirense, Rio Branco, São Caetano e União Barbarense vençam seus jogos e que o Guaratinguetá pelo menos empate. Mesmo que não caia na próxima rodada, mais do que nunca o descenso é apenas questão de tempo. 



     Próximo jogo

     O São José irá até Marília, na quarta-feira, 26, para enfrentar os donos da casa. O MAC está na quarta colocação e luta para retornar à elite estadual. O jogo será no estádio Bento de Abreu Sampaio Vidal, às 20 horas, e poderá ser marcado como o jogo do rebaixamento joseense.

     Texto e fotos: André Castanhare 

Inspirada em Vânder Luís, Águia irá para cima do Azulão


     Logo mais, às 15 horas, o São José estará no gramado do Stavros Papadopoulos, contra o São Caetano, no que pode ser a última chance de fugir da degola. Em caso de derrota neste domingo, ainda haverá chances matemáticas, porém somente o maior milagre da história do clube poderia evitar a queda.
     Para tentar reverter a situação, a diretoria resolveu apostar suas fichas em que fez história na Águia. Vânder Luís Alves Givisiez , 51 anos, é o novo comandante. Com 96 jogos com a camisa do São José e 8 gols marcados, Vânder Luís foi o maestro do time entre 1989 e 1991, levando a Águia ao vice-campeonato paulista de 1989 e à elite nacional em 1990. O novo treinador não receberá salário, mas vem com o projeto de treinar o time também na Copa Paulista, no segundo semestre, com contrato devidamente assinado e remuneração.
     Se dentro de campo o ex-camisa 10 joseense jogava fácil e levava o time às vitórias, agora a situação é bem mais complicada. Em último lugar desde a segunda rodada, a Águia soma apenas 7 pontos, e 7 também é o número de pontos que a distancia do primeiro time fora do Z4: o próprio São Caetano, adversário da vez. Sendo assim, o jogo é de 6 pontos, portanto uma vitória daria ânimo aos atletas, mas caso o triunfo não venha, é bom já ir pensando na Copa Paulista.
     Para se ter a ideia da gravidade da situação, a vexatória campanha do São José em 2014 é muito parecida com a de 2004, quando o time, também presidido por Geleia naquela ocasião, foi rebaixado para a Série A3. Há 10 anos o regulamento era diferente, com as equipes divididas em grupos. A Águia fez 14 partidas naquele ano, venceu apenas 1, empatou 3 e perdeu 10. Foram 10 gols marcados e 30 gols sofridos. Na temporada atual, o São José também disputou 14 jogos até o momento, igualmente venceu apenas 1, mas empatou 4 e perdeu 9. Foram 8 gols marcados e 26 sofridos. Apesar da triste semelhança, o tênue alento joseense é que ainda restam 5 partidas. São 5 jogos para a Águia fazer o que não fez em 14.



     Provável escalação

     Com pouco tempo para conhecer o elenco, Vânder Luís não deverá mudar muito o time que entrará em campo. O retorno de Dé Bahia, após cumprir suspensão, pode ser a única novidade. Assim sendo, a provável escalação é: Júnior; Dé Bahia, Rodrigão, Ícaro e William Santos; Leandro, Dinho Souza, Gabriel e Jhuan; Anderson Ligeiro e Diego Sena.

     Transmissão

      Rádio Cidade: www.cidadeam1120.com.br
      Rádio Piratininga: www.radiopiratininga.com.br/frame.php?r=750

sábado, 22 de março de 2014

Histórico de confrontos: São José x São Caetano - Águia leva vantagem sobre o Azulão



     Amanhã o São José receberá o São Caetano e, sem qualquer intenção de blasfemar, os dois santos não andam nada bem quando o assunto é futebol. Tais clubes, outrora tão vitoriosos, atualmente estão mais próximos de cair no abismo da terceira divisão paulista do que repetir suas maiores conquistas.
     A Águia do Vale, vice-campeã paulista da primeira divisão, com participações na elite nacional e torneios pela Europa, tem sido motivo de chacota em 2014. Os joseenses venceram apenas 1 dos 14 jogos disputados e, desde a segunda rodada, amargam a humilhante lanterna na Série A2. Com apenas 7 pontos, o rebaixamento parece ser inevitável, meramente questão de tempo.
    O Azulão, campeão paulista, vice-campeão brasileiro e vice-campeão da Libertadores da América, não está tão mal quanto o adversário da vez, porém a situação não é nada confortável. O time do ABC ocupa a 15ª colocação, com 14 pontos, apenas 2 posições acima da zona de rebaixamento, mas com a mesma pontuação do time que abre o Z4, o Rio Branco. Uma derrota amanhã poderá levar o São Caetano a fazer companhia ao São José no grupo dos desesperados.
    Como o momento de ambos é triste, resta-nos voltar ao passado e relembrar os duelos entre joseenses e caetanistas. O último embate foi há 14 anos e até hoje foram apenas 5 confrontos, sendo que o São José Esporte Clube leva vantagem sobre a Associação Desportiva São Caetano. Confira as estatísticas abaixo.

05 jogos - 15 gols (Média de 3 por partida)
03 vitórias do São José
02 vitórias do São Caetano
07 gols da Águia
08 gols do Azulão

10/03/1993 – São Caetano 4x2 SÃO JOSÉ (PAULISTÃO)
02/05/1993 – SÃO JOSÉ 1x0 São Caetano (PAULISTÃO)
09/03/1994 – São Caetano 0x1 SÃO JOSÉ (Paulista Série A2)
08/05/1994 – SÃO JOSÉ 3x1 São Caetano (Paulista Série A2)
22/04/2000 – São Caetano 3x0 SÃO JOSÉ (Paulista Série A2)

quarta-feira, 19 de março de 2014

Capivariano não foi avisado que era dia de São José e passeou em Jacareí


     Em São José dos Campos o dia 19 de março é feriado: dia de São José. Já em Jacareí, não teve feriado e não foi dia do São José: nova derrota, desta vez para o Capivariano, por 3x0. Com o resultado, o Leão da Sorocabana volta a ficar isolado na liderança da competição enquanto a Águia do Vale permanece sozinha na lanterna.
     A tarde de hoje marcou mais um triste capítulo para a história do São José Esporte Clube, que está manchada de geleia atualmente. Além de ver as chances de escapar do rebaixamento cada vez mais distantes, por pouco os jogadores não deixaram de entrar em campo já que, mais uma vez, não houve o pagamento dos salários.
     Além disso, o técnico Jurandir Fatori foi demitido de novo, logo após o jogo, desta vez via rádio, o que mostra novamente o amadorismo e a falta de ética da diretoria varzeana que tem afundado o clube mais tradicional do Vale do Paraíba. Com tantos problemas fora de campo, que às vezes parecem até que são criados propositalmente, o resultado não poderia ser outro: apesar dos esforços dos jogadores, o time foi dominado pelos visitantes, principalmente nos 45 minutos finais, quando a falta de preparo físico foi evidente outra vez.

     Primeiro tempo

     O primeiro ataque do jogo foi joseense, com Jhuan, aos 4 minutos. O camisa 10 da Águia arriscou de fora da área, exigindo intervenção do goleiro Wanderson, que mandou a pelota para escanteio. Na cobrança, aos 5, Ícaro subiu mais do que a zaga e mandou de cabeça, mas para fora, à direita do goleiro capivariano.
     Aos 7 veio o primeiro ataque dos visitantes, com Éverton. Foi uma cobrança de falta que desviou na barreira, quase matando o goleiro Júnior. Por sorte, a bola passou à sua esquerda, saindo pela linha de fundo. Aos 14, houve outra cobrança de falta contra os anfitriões. Pedro Henrique bateu com perigo, para fora, desta vez à direita do arqueiro joseense, que voltava ao time após cumprir 2 jogos de suspensão.
     O São José se mostrava nervoso, afobado, e cometia muitas faltas. Tanto que aos 18, o terceiro ataque do time de Capivari veio numa terceira cobrança de falta. Nelinho, da ponta esquerda, bateu, mas Júnior agarrou facilmente.
     Já que as jogadas ofensivas estavam surgindo na base de faltas, a Águia também teve a sua oportunidade. Aos 20, Anderson Ligeiro bateu a sua da esquerda, mas Wanderson tirou o perigo da área com um soco.
     As faltas diminuíram, mas as jogadas de bola parada continuaram sendo o foco. Aos 22, após escanteio batido, a bola sobrou na grande área para Túlio, que chutou rasteiro, raspando a trave esquerda. E quando os times resolveram colocar a bola para rolar, o Capivariano foi o que melhor soube aproveitar. Aos 29, após falha do setor defensivo joseense, Carlão, na pequena área, abriu o marcador para o Capivariano: 1x0.
     Após a abertura do placar, o Capivariano se segurou um pouco e o São José sentiu o gol. Houve apenas mais um ataque de perigo, aos 40, com o lateral William Santos, que desceu pela esquerda, invadiu a área e, já próximo à linha de fundo, chutou, porém fraco, para fora. E assim terminou a etapa inicial, com a Águia em desvantagem.

     Segundo tempo

  A etapa complementar começou com os joseenses cometendo muitas faltas desnecessárias, tal como aconteceu nos 45 minutos iniciais. Para se ter ideia, a primeira chance veio com uma nova cobrança capivariana, logo no primeiro minuto, porém Júnior fez a defesa.
     Aos 8, um lance polêmico: Jhuan, na entrada da área, foi tocado e caiu. Torcida e jogadores joseenses pediram pênalti, mas o árbitro nada assinalou. Para piorar, além da não marcação de uma possível penalidade, um contra-ataque foi armado. Nele, aos 9, George recebeu da direita, na área e se antecipou ao marcador, mas Júnior foi mais esperto e saiu para abafar.
     Outra jogada polêmica gerou muitas discussões logo em seguida. Aos 12, o lateral joseense William Santos estava com a bola dominada no setor esquerdo da defesa da Águia, sofreu falta, mas o juizão mandou seguir. Na sequência da jogada, Túlio ampliou o placar, 2x0. Como se não bastasse a não marcação da irregularidade, William recebeu cartão amarelo por reclamação.
     Perdendo por 2x0, na lanterna do campeonato, preparo físico precário... Diante desta situação, o São José passou a ser presa fácil e foi envolvido pelo bom time de Capivari. As chances para os donos da casa passaram a ser raras, a maioria com Jhuan. Aos 16, o meia arriscou de fora da área, de esquerda, por cima do gol. Foram poucas as jogadas ofensivas da Águia porque o seu principal jogador, Anderson Ligeiro, não teve muito espaço para jogar. Mesmo assim, nas poucas vezes em que tocou na bola, deu dribles secos e bons passes, sempre em velocidade.



     Só que aos 17, um cruzamento vindo da ponta esquerda encontrou Túlio na área. O atacante estava completamente livre e não desperdiçou. Mandou de cabeça para o fundo das redes, com classe: 3x0, segundo dele na partida. E o Capivariano queria mais! Aos 18, Nelinho chutou de fora da área, no meio do gol, e Júnior encaixou com facilidade. Aos 19, novo ataque. O setor ofensivo capivariano entrou fácil na zaga joseense, com boa troca de passes, envolvendo os defensores, mas a conclusão de João Paulo foi para longe do gol.
     A Águia voltou a atacar somente aos 26. William Santos, na direita, bateu falta direto para o gol, porém para fora. Aos 29, Jhuan fez uma linda jogada, passando por 3 defensores e arriscando de fora da área, todavia o chute não foi tão bom quanto os dribles e a bola passou muito longe, sem perigo. E aos 31, William Santos bateu nova falta, novamente pela direita, mas desta vez preferiu alçar a redonda na área. Glauco cabeçou a bola, que tirou tinta da trave, no entanto o impedimento já havia sido marcado. 
     O jogo já estava decidido, portanto ficou morno. Somente aos 42 houve nova jogada de emoção, e foi do Capivariano. Alemão desceu pelo bico esquerdo da área, pedalou, fintou a zaga, mas adiantou demais e Júnior chegou antes. Foi o último lance de perigo e o embate terminou com um fácil 3x0 para o novo velho líder da Série A2.

     Classificação

     A Águia permanece com 7 pontos, na última colocação, e 7 pontos também é a distância para os primeiros times fora do Z4: Itapirense (16º) e São Caetano (15º). O Rio Branco (17º) é outro time que soma 14 pontos, mas pelo critério de desempate, o Tigre de Americana faz companhia ao São José no grupo dos desesperados, assim como o Grêmio Osasco (18º) e o Grêmio Barueri (19º).
     Restam apenas 5 rodadas para o término do campeonato e, se pelas contas divulgadas, a equipe precisa somar pelo menos 20 pontos para se livrar do descenso, é preciso conquistar mais 13, ou seja, deve-se vencer 4 jogos e empatar 1. Dos duelos que restam, 3 serão no Stavros Papadopoulos, sendo assim, a primeira vitória fora de casa terá que vir obrigatoriamente, contra Marília ou Grêmio Barueri, caso contrário, o rebaixamento será inevitável.



     Ficha técnica

     São José: Júnior; Luan, Ícaro, Rodrigão e William Santos; Leandro, Dinho Souza (Lek Lek), Gabriel (Luís Felipe) e Jhuan; Anderson Ligeiro e Diego Sena (Glauco). Técnico: Paulo Mulle [assistente do Jura, suspenso]
   Capivariano: Wanderson; Marlon, Peterson, Éverton e Pedro; Hélio, João Paulo, Nelinho (Alemão) e George (Régis); Túlio (William) e Carlão. Técnico: Evaristo Piza.

     Próximo jogo

     O São José voltará a campo no próximo domingo, às 15 horas, contra o São Caetano. A partida será realizada no Stavros Papadopoulos e será um confronto direto na luta para fugir da degola.

     Texto e fotos: André Ricardo Castanhare

Águia do Vale recebe o Leão da Sorocabana, mas tem outros três obstáculos além do colíder

     O São José receberá logo mais, às 15 horas, no Stavros Papadopoulos, o Capivariano, colíder da Série A2. A torcida da Águia está à espera de um milagre e sabe que o jogo de hoje não será fácil, mas não é apenas o Leão da Sorocabana que preocupa, pois há outras dificuldades estarrecedoras.
     O que é mais difícil: os joseenses vencerem os capivarianos, o time escapar do rebaixamento, os jogadores receberem seus salários ou a torcida acreditar no presidente Geleia? Difícil responder, mas na dúvida, escolha as quatro alternativas.
     Primeiramente o jogo de hoje. Até a penúltima rodada, o Capivariano era o líder isolado da competição, mas tropeçou perante o Grêmio Osasco, diante da torcida, ao apenas empatar. Se levarmos em conta simplesmente a tabela, as chances da Águia vencer são remotas, contudo, se analisarmos o fato de que o GEO estava dividindo a lanterna com o São José, foi até Capivari e arrancou um empate, é possível acreditar.
     Já sobre a questão do descenso, talvez complique um pouco mais, porém não é impossível. Há chances matemáticas já que restam 18 pontos a serem disputados e a Águia está 7 pontos atrás da Garça, primeiro time fora do Z4. Nesta rodada, é impossível os joseenses deixarem o grupo dos desesperados, mas dá para ultrapassar o Grêmio Osasco e sair da incômoda última posição. Para isso, é preciso vencer o Capivariano e torcer para que os osasquenses sejam derrotados, em casa, para o União Barbarense. Ou seja, há dois leões na parada: o que estará em Jacareí tem que perder enquanto o que estará em Osasco tem que ganhar.
     Agora, sobre a questão salarial, já é uma novela que parece estar longe de acabar. Desde dezembro sem receber, com a exceção de um pequeno valor pago em fevereiro, os jogadores joseenses, se não podem ser admirados pela qualidade técnica, devem ser respeitados pela hombridade. Os atletas são guerreiros, pois estão enfrentando situações desrespeitosas que não são encontradas nem na várzea nos dias de hoje, como falta de comida, material para treinar, local para dormir, etc. Ainda assim, estão entrando em campo e lutando pelo time, da maneira como podem. Se a diretoria não fosse amadora, o elenco poderia render mais.
     Por fim, Benevides Ferneda. O que dizer deste senhor? Nada! Certas coisas são tão contrárias à razão que não merecem comentário... E a parceria? Parceria? Que parceria? Talvez nem exista! A verdade é que há tempos que a imensa torcida joseense está sendo feita de idiota pelo pior presidente que o clube já teve e que aparenta estar firme no propósito de rebaixar o time pela segunda vez para a Série A3. Por incompetência e total falta de transparência, uma história gloriosa está sendo destruída.
     Enquanto isso, hoje tem jogo... Quem sabe também tenhamos alguma resposta. Quem sabe?


     
     Transmissão

      Rádio Cidade: www.cidadeam1120.com.br
      Rádio Piratininga: www.radiopiratininga.com.br/frame.php?r=750