quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Águia fica no empate sem gols diante do Tigre e pode ficar também sem estádio


     O São José recebeu o Rio Branco na tarde de hoje, no estádio Stavros Papadopoulos, e a partida terminou empatada em 0x0. O jogo, que foi tecnicamente pavoroso, pode ter sido o último da Águia em Jacareí.
     Já sem a parceria, que foi desfeita após reunião antes do embate, o São José pode ficar também sem estádio ou sem torcedores. Isto porque o Stavros Papadopoulos não recebeu as melhorias prometidas pela diretoria da Águia e foi interditado. Agora o clube deve arrumar outro local para mandar os jogos, caso contrário as partidas acontecerão com portões fechados, sem a presença de público.

     O jogo

     Pelo histórico de confrontos entre as equipes e pela situação nada confortável na tabela, todos esperavam um duelo muito disputado, quem sabe cheio de gols, para manter a tradição. Entretanto, o que se viu em campo foi o time da casa mostrando um futebol lúgubre, com jogadores apenas esforçados, mas sem categoria para vestir a tradicional camisa da Águia, exceção feita ao jovem Anderson Ligeiro. Já pelo lado do Rio Branco, viu-se apenas uma equipe melhor do que o São José, o que não diz absolutamente nada. Em um campeonato nivelado pela baixa qualidade técnica, o Tigre aparenta ser uma das equipes que ficará no bolo intermediário da tabela.
     O primeiro tempo foi hórrido. Poucos lances foram dignos de menção. Entre eles, aos 23, Anderson Ligeiro fez boa jogada, deixando a marcação para trás, mas chutou para fora. Aos 34, Dinho tentou abrir o marcador, mas sem perigo para o goleiro Cristiano
     Para se ter ideia do ritmo do jogo, uma das jogadas que pode entrar para os melhores momentos da etapa inicial foi um chutão do goleiro Júnior, do São José, da entrada de sua área, que foi diretamente para as mãos do goleiro rival, Cristiano. O arqueiro joseense, aliás, teve que sair da grande área por 3 vezes para tirar a bola como um verdadeiro zagueiro, corrigindo as constantes falhas da defesa da Águia.


     No segundo tempo, o primeiro ataque foi joseense, com Jhuan, aos 5 minutos, numa jogada individual pela ponta esquerda. Quem esperava continuidade das jogadas ofensivas se enganou: a partir daí o Rio Branco cresceu e passou a pressionar os donos da casa. Robertinho, aos 8, perdeu grande oportunidade cara a cara com Júnior que, aos 16, fez boa defesa e evitou a abertura do placar pelos visitantes.
     Antes da parada técnica, a Águia já parecia sem forças e só não sofreu gols graças aos erros do ataque rio-branquense. Índio, aos 21, teve uma grande chance, mas chutou longe do gol. E ele novamente perdeu outra oportunidade, aos 30, numa cobrança de escanteio, quando cabeceou por cima. Aos 32, Rafael Martins chutou fraco e Júnior pegou tranquilamente.
     Somente nos minutos finais a Águia voltou a atacar, mas sem sucesso. Murilo, aos 33, não soube aproveitar um cruzamento rasteiro na pequena área e a bola ficou nas mãos do goleiro do Tigre. O último lance ofensivo veio aos 43, quando Nikolas finalizou, da entrada da área, em cima do arqueiro adversário.

      Classificação

    Com o resultado, o São José permanece na lanterna, com apenas 6 pontos, mesma quantia do Grêmio Osasco. A Águia leva desvantagem no saldo de gols. Aliás, o pior saldo de gols do torneio pertence aos joseenses: 11 tentos negativos. Já o Rio Branco também permaneceu na posição em que estava antes do início da 10ª rodada: é o 11º colocado, agora com 12 pontos.


      Próximos jogos

     No sábado de carnaval, 01/03, às 15 horas, o São José receberá o Itapirense, 15º colocado, mas ainda sem local definido. Caso a partida ocorra em Jacareí, não haverá presença de público. O Rio Branco, por sua vez, receberá no Décio Vitta, na mesma data, porém às 19 horas, o vice-líder São Bento.

     Ficha técnica

     São José: Júnior; Dé Bahia, Jean, Ícaro e William Santos; Dinho Souza, Luan e Jhuan; Lek Lek (Murilo, depois Nikolas), Anderson Ligeiro e Rômulo (Fernandinho). Técnico: Jurandir Fatori.
     Rio Branco: Cristiano; Luiz Felipe, Toninho, Paulão e Edu Pina; Fábio Baiano, Jô e Gérson (Rafinha); Robertinho (Rafael Martins), Índio e André Nunes (Éder). Técnico: Édson Vieira.

     Fotos: André Castanhare

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